quinta-feira, 12 de julho de 2007

Os meus olhos são uns olhos,
e é com esses olhos uns
que eu vejo no mundo escolhos,
onde outros, com outros olhos,
não vêem escolhos nenhuns.

Quem diz escolhos, diz flores!
De tudo o mesmo se diz!
Onde uns vêem luto e dores,
uns outros descobrem cores
do mais formoso matiz.

Pelas ruas e estradas
onde passa tanta gente,
uns vêem pedras pisadas,
mas outros gnomos e fadas
num halo resplandecente!!

Inútil seguir vizinhos,
querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos!
Onde Sancho vê moinhos,
D.Quixote vê gigantes.

Vê moinhos? São moinhos!
Vê gigantes? São gigantes!

António Gedeão

2 comentários:

Teka disse...

Este blog não podia começar melhor!

Copo meio cheio...
Copo meio vazio...
Sonho ou pesadelo numa noite de Verão!
Amor de amigo...
Amor de irmão...
Amor de paixão...
Ou todos, num mesmo coração!
Cada um sente com os seus olhos
a letra de uma mesma canção...

Lindas estas palavras do Gedeão.
Este espaço promete.

Bem vinda sejas Sofia
a esta blogosfera que sempre nos desafia!
(olha rimou!)

isabela disse...

pois foi uma boa maneira de começar.
no meio das tantas confusões onde eu ando metida, não podia ter arranjado melhor altura para começar um blog!
ao fim e ao cabo eu gosto mesmo é de começar coisas!
e quando me desafiam...